PUBLICIDADE

Transporte aéreo cresce 3,07% em Cacoal e já supera Vilhena e Ji-Paraná


O município de Cacoal foi o único do interior de Rondônia que registrou aumento no transporte de passageiros em voos domésticos nos últimos dois anos. De acordo com dados divulgados pela Azul Linhas Aéreas - única companhia que faz voos do interior para fora do estado -, dois aeroportos tiveram queda significativa nos embarques e desembarques. A maior redução foi a do Aeroporto José Coleto, em Ji-Paraná. No ano de 2014, 53.232 pessoas passaram pelo aeroporto. Já em 2015 esse número caiu para 36.848 viajantes, ou seja, 30,77% a menos.

O Aeroporto Brigadeiro Camarão, em Vilhena (RO), foi o segundo do estado com queda no número de passageiros. No ano de 2014, segundo a empresa, 46.750 pessoas embarcaram e desembarcaram na cidade. No ano seguinte, o movimento foi 7,46% menor, o que representa 42.262 passageiros.
Segundo a Azul, enquanto as duas cidades registraram queda no número de passageiros, o Aeroporto Capital do Café, em Cacoal (RO), teve um aumento de 3,07% no movimento de embarque e desembarque. Em 2014, 55.756 pessoas passaram pelo aeroporto. Já no ano passado o número saltou para 57.472 usuários.

A queda de passageiros no interior do estado aconteceu por causa da redução do número de voos realizado pela companhia. Em agosto do ano passado, por exemplo, a empresa suspendeu três voos semanais que saiam de Vilhena para Cuiabá (MT) por causa de um reajuste na malha.

Ao G1, o presidente da companhia, Antonoaldo Neves, disse que a redução dos voos no interior foi feito por questões econômicas e que, por enquanto, não existe previsão para retomar os voos que eram feitos do interior para a capital Porto Velho.

O preço do querosene no estado também é um dos fatores que dificultam a ampliação da malha no interior. Em Cacoal, segundo Neves, o querosene chega a custar R$ 10 o litro. "A gente entende e concorda com a filosofia do governo que não é para dar subsídio, mas, enquanto não abaixar o preço do querosene, não vai ter mais voo na Amazônia Legal. Não tem motivo para o querosene no interior ser cinco vezes mais caro que em São Paulo", afirmou.

Mesmo diante do preço do litro do querosene, o presidente diz que a companhia gosta de fazer voos regionais e prioriza por isto. Atualmente, a Azul faz pousos e decolagens em cerca de 100 cidades do Brasil, quase o dobro feito pela concorrência.
Perfil

De acordo com Marcelo Bento Ribeiro, diretor de planejamento, alianças e Azul Viagens, cerca de 60% dos clientes viajam pela companhia a trabalho. Ele destaca que em Rondônia essa realidade também é presente, pois o agronegócio é forte no estado.

Em entrevista, Marcelo disse que a expectativa da empresa é ampliar voos regionais nos próximos anos, pois o consumo deve crescer mais no interior do que na capital.

PUBLICIDADE

Topo do site