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Vendas de veículos pesados voltam a crescer neste ano


As vendas de veículos pesados devem voltar a crescer em 2017 após três anos consecutivos de queda, revela a projeção de mercado para o ano divulgada pela Anfavea na quinta-feira, 5. A entidade que reúne as montadoras instaladas no País espera um aumento de 6,4%, para um volume de 65,6 mil unidades, entre caminhões e ônibus, contra as 61,7 mil unidades licenciadas em 2016, resultado que ficou quase 30% abaixo do ano anterior.

“Haverá crescimento porque a base é muito baixa”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos de Moraes, durante a apresentação dos resultados em coletiva à imprensa realizada em São Paulo. Ele explica que a partir do que se espera, isso representará no total cerca de 4 mil a 5 mil unidades a mais do que as de 2016: “Estamos falando de uma média de 500 unidades a mais para cada montadora neste ano.”

Entre os fatores que podem ajudar a indústria automotiva a alcançar este número, a Anfavea elenca a necessidade de renovação de parte da frota de caminhões, já envelhecida: “As reduções que ocorreram nos últimos anos foram muito drásticas; ainda temos frotas mais antigas, deve haver uma renovação moderada”, argumenta Moraes.

Junta-se a isso a boa expectativa para a próxima safra agrícola, também capaz de estimular alguns nichos de mercado. Além disso, Moraes cita a sinalização de redução da taxa de juros, o que pode ajudar na redução da inflação e, consequentemente, em uma melhora gradual no cenário econômico.

“O governo também sinalizou anúncios referentes à infraestrutura até o fim do primeiro semestre. Mesmo que de forma moderada, haverá crescimento”, defende.

Um 2016 para esquecer – Em 2016 os licenciamentos de caminhões somaram 50,5 mil unidades, voltando ao nível de 1999. E embora dezembro seja um mês sazonalmente mais robusto em vendas, o resultado positivo de 17% sobre novembro não foi suficiente para fechar o ano como a entidade previa: as montadoras calcularam encerrar com pelo menos 66 mil veículos emplacados, somando caminhões e ônibus. Não foi o que aconteceu: o realizado ficou 6,5% abaixo desta projeção. Com isto, a capacidade ociosa do setor de pesados fechou 2016 acima dos 70%.

Com um mercado muito aquém da capacidade instalada, a produção de caminhões em 2016 ficou 18,2% abaixo do ano anterior, encerrando com 60,6 mil unidades. A queda só não foi maior porque as empresas vêm adotando medidas ao longo do ano para tentar equilibrar os estoques com o ritmo lento do mercado interno e com o melhor compasso das exportações, que cresceram 2,3% no comparativo anual, para 21,4 mil unidades.

Ônibus – Em 2016 o segmento de chassis de ônibus fechou com pouco mais de 11,1 mil unidades emplacadas, a retração chegou a 33,5%. “É uma queda relevante e bastante preocupante”, admite o vice-presidente da Anfavea. Ele informa que a Anfavea está engajada junto ao governo para desenhar a nova linha de crédito denominada Refrota, anunciada no fim de 2016 e que prevê condições diferenciadas de financiamento para até 10 mil ônibus.

Enquanto as vendas internas recuaram, as exportações de chassis fabricados no Brasil subiram 33,2%, para 9,7 mil unidades. Contudo, a produção ainda ficou 13% menor do que a 2015, ao totalizar 18,7 mil unidades.

Fonte: Automotive Business
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