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Entidades discutem novas fases do Controle de Emissões Veiculares


O secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Ricardo Salles, e o presidente da Cetesb, Carlos Roberto dos Santos, receberam, na última semana (01/02), representantes do setor automotivo, do CONAMA e de ONG’s ambientalistas para debater a proposta de implementação de novas fases dos programas: PROCONVE (Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) e PROMOT (Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).

Pelo setor automotivo participaram a AFEEVAS (Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul), a Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos) e  a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

Um dos objetivos principais do projeto é reduzir as emissões de NOx (Óxidos de Nitrogênio) em até 80%, em comparação ao cenário atual. A proposta deverá ser submetida à aprovação do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e, caso seja aprovada, a ideia é que a nova regra passe a valer para veículos pesados a partir de 2019, para motos em 2020 e para veículos leves, em etapas progressivas, até 2026.

“A iniciativa do secretário Ricardo Salles e do presidente da Cetesb, Carlos Roberto dos Santos, é oportuna, sendo fundamental para que possamos avançar de maneira responsável e decidida no controle das emissões de poluentes dos veículos automotores, que são a principal fonte de poluição do ar no Estado de São Paulo. Ainda que o atual cenário econômico do país seja delicado, é preciso que ações como essa, sejam planejadas desde já e implementadas progressivamente para que possamos, de forma previsível e estruturada, estar em conformidade com os melhores padrões internacionais”, disse Elcio Farah, diretor adjunto da AFEEVAS.

Além disso, o governo do Estado também vem trabalhando com uma proposta para a implantação, em escala estadual, da inspeção ambiental para veículos a diesel. Durante os seus cinco anos de operação, o programa de Inspeção e Manutenção de veículos em uso da cidade de São Paulo proporcionou a redução de 50% da emissão de monóxido de carbono, 40% da emissão de hidrocarbonetos e 30% das partículas nos veículos inspecionados. Outro importante benefício da ação foi a redução média de 3% no consumo de combustível em virtude de uma melhor calibração dos motores nos veículos submetidos à manutenção, o que também reduziu a emissão do dióxido de carbono, principal gás participante no processo de aquecimento global.

A inspeção veicular periódica dos veículos em circulação é uma estratégia de controle ambiental adotada há décadas com sucesso em dezenas de países. No Brasil, foi introduzida em 1986 na legislação ambiental do CONAMA, no âmbito do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE). “Iniciada em 2009 na cidade de São Paulo, foi equivocadamente extinta em 2014, deixando uma importante lacuna no controle da poluição do ar na principal cidade do país, que o programa estadual poderá corrigir”, conclui Elcio Farah.

Fonte: Transporte Online
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