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DA SALA DE AULA PARA ESTRADA: CAMINHONEIRA DE VILHENA É DESTAQUE NA REVISTA NA ESTRADA RO

A capa da 2ª Edição da Revista Na Estrada RO, traz em destaque a historia da caminhoneira Celina da cidade de Vilhena - RO. 


Mulheres guerreiras, que, aos poucos, estão quebrando paradigmas e transformando esse universo, até então dominado pelo sexo masculino, e comum ver nas estradas mulheres no comando de um caminhão.
A seguir conheça um pouco mais sobre a Celina.
Celina Aparecida Gamba traz consigo desde criança a paixão por caminhão, ela que vem de uma família de caminhoneiros herdou do pai e do avô o gosto pelo caminhão, a Paranaense de Cascavel só realizou o seu sonho de ser caminhoneira aos 41 anos, após se afastar da sala de aula. Hoje, com 43, diz que sente realizada e muito feliz.


Celina é moradora da cidade Vilhena (RO) e viaja com um caminhão Scania, engatado em uma carreta LS, no transporte de soja e milho, percorrendo por trechos do Mato Grosso e Rondônia.  Como professora trabalhou por 15 anos na Educação Especial, com formação em pedagogia e especialização em psicopedagogia, diz que hoje sente falta dos seus alunos, pois fazem parte de sua vida. “Eu cresci cercada por caminhões e caminhoneiros, meu avô, pai, tios, irmãos e primos todos caminhoneiros, sempre ficava perto do meu pai quando ele estava fazendo alguma coisa no caminhão, ele brigava comigo dizia que era para sair de perto procurar algo para fazer dentro de casa, cheguei a dirigir o caminhão do pai escondida... Hoje meu pai tem muito orgulho e já fizemos várias viagens juntos, não foi fácil chegar no meu objetivo, enfrentei diversas barreiras, minha filha ainda não se acostumou, mas sempre me deu apoio e também sempre que tem oportunidade está viajando comigo. Caminhão, estrada é uma terapia para mim, pretendo escrever um livro sobre a vida na estrada”.

Celina lembra que ainda há um certo preconceito para com a mulher que está na estrada dirigindo um caminhão, alguns criticam outros fazem piadinhas, mas há sempre aqueles que respeitam e dá total apoio. A presença da mulher na estrada ainda é pequena. Faço um apelo e peço que respeite todas as caminhoneiras e caminhoneiros, somos nós que transportamos as riquezas e abastecemos esse Brasil, nossa categoria precisa ser mais valorizada, ficamos longe de casa, da família, saímos sem saber se vamos voltar pra casa, procuro ser sempre cuidadosa na estrada. Se meu caminhão apresenta um problema mecânico procuro solucionar, se não conseguir o jeito é encostar na oficina.

Sobre as paradas a caminhoneira lembra que a locais precários e que não é qualquer lugar que pode parar, tem locais que não há banheiros adequados para as mulheres, outros pontos não oferece segurança, mas sempre procuro fazer minhas paradas em locais já conhecidos e que me passa tranquilidade.

Para as mulheres que sonham um dia ser caminhoneira Celina diz, vá em frente busque a realização do sonho, dirigir um caminhão já não é mais coisa só pra homem, nos mulheres estamos ganhado espaço no mercado, estamos superando barreiras e indo adiante, o Brasil precisa da dedicação da força e delicadeza da mulher no transporte.

Welton Silva
Da Redação Na Estrada RO

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