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Exame toxicológico obrigatório para motoristas categorias C,D, E é adiado de Rondônia

Para Detran, é necessário mais tempo para se adequar ao novo exame. Usuários reclamam do preço e demora da saída do resultado.

Foto: Welton Silva - Arquivo Na Estrada RO 
A obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas renovarem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foi adiada em Rondônia por tempo indeterminado, de acordo com a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ji-Paraná, região central do estado. A resolução, que entrou em vigor neste ano, ainda é muito burocrática e cara para os motoristas e é necessário mais tempo para se adequar às novas exigências.

A Resolução 583 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN)  foi votada no fim de 2015 e entrou em vigor no dia 2 de março de 2016. A Resolução tornou obrigatório que todos motoristas das categorias C, D e E, quando forem renovar suas carteiras, ou, aqueles que mudariam para a categoria D, precisam fazer o exame que detecta o uso de drogas no período de seis meses.
De acordo com diretor do Ciretran de Ji-Paraná, Antônio Carlos, este tempo foi muito curto para se adequar e são poucos os laboratórios credenciados. "Como só tem seis laboratórios que fazem o exame no Brasil, isto começou a gerar transtornos. Assim, os estados começaram a pedir mais prazos para a exigência do exame", explica o diretor.

Carlos ainda explica que não nenhuma intenção de derrubar a liminar, pois o exame pode tornar o trânsito mais seguro. "Através dele é possível saber se a pessoa usou qualquer tipo de droga. Isso reduzirá o número de motoristas que usam entorpecente e dirigem, o que tornará o trânsito mais seguro, pois quem for detectado, não terá o direito a carteira", acredita.

A instrutora de autoescola, Cristiane Carmem Lopes Mercedes, conta que acabou desistindo de mudar de categoria por causa do valor da taxa. Segundo Carmem, ela gastaria cerca de R$ 500 apenas com os exames, mas com outras taxas o valor subiria para mais de R$ 1,6 mil. "Montei o processo e quando fui dar entrada, exigiram o toxicológico. Acabei desistindo e não fiz a mudança de categoria. Agora, com a queda, vou dar entrada de novo", afirma ela.
O motorista, Donizete Barbosa, esperou pelo resultado do exame por quase um mês. Ele concorda que o exame é muito bom para todos os motoristas, pois é uma forma de garantir a segurança. Mas os valores e burocracias precisam ser reavaliados. "Deveria ser com um melhor preço e com menos prazo. Atualmente estou encostado, mas quem precisa da carteira para trabalhar não pode ficar tanto tempo esperando", afirma Barbosa.

Fonte: G1 RO
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